Lição 03 - EBD (Adultos)


VIVENDO SEM MEDO
Texto Áureo: I Jo. 4.18 – Leitura Bíblica em Classe: Nm. 13.25-32.
Objetivo: Mostrar que o amor de Deus, derramado em nossos corações, é a garantia da vitória sobre o medo, tão comum na sociedade moderna.

INTRODUÇÃO
O medo, ou mais precisamente, o pânico é uma das doenças do nosso século. Muitas pessoas, levadas pelo pavor, não conseguem sequer sair de casa, assustadas com o que lhes venha a acontecer, especialmente, em relação à morte. Nesta lição, após definir o que seja medo e mostrar as suas causas e conseqüências, nos voltaremos à cura que a Palavra de Deus nos oferece a fim de que, como o mundo, não sejamos tomados pelo terror o assola.

1. O MEDO, SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
Na psicologia moderna, o “medo” é um sentimento caracterizado pela inquietação, falta de paz, desespero e insegurança. Tal sensação tem se manifestado de muitas maneiras, por meio de fobias – medos injustificados, e da síndrome do pânico – sensação irracional que pode levar o indivíduo ao isolamento em relação à sociedade. Esse tipo de medo, no entanto, pode ser identificado ainda nos tempos dos salmistas (Sl. 27.1-3; 121), pois aquele tempo, bem como o atual, era marcado pela violência e pelo terror (Sl. 55.4-6). No livro de Gênesis, após o pecado, Adão percebeu sua condição e teve medo: “Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.” (Gn. 3.10). A causa do medo, de acordo com o relato bíblico, é a forma como nos vemos pelos olhos dos outros, é o receio de como Deus nos verá. Por isso, estamos sempre tentando nos cobrir com folhas de figueira, na inútil tentativa de camuflar aquilo que realmente somos. O Deus de Israel já antecipara que caso aquele povo se distanciasse dEle, a conseqüência seria o sentimento de pavor (Lv. 26.36). A causa de todos esses medos modernos continua sendo a mesma, o homem encontra-se distanciado do Deus que o criou (Rm. 3.23).

2. O HOMEM DIANTE DA MORTE
A morte é o maior dos temores do homem dos tempos modernos. Conta-se que Satre, famoso filósofo existencialista, costumava dizer que teria forças para enfrentar a morte nos dias finais. Isso, todavia, não aconteceu, e, seus últimos dias foram de intenso pavor. Ao ser perguntado a respeito da falta da causa de seu pânico em relação à morte, o filósofo respondeu que não tinha esperança, porque essa carecia de um fundamento. Os cristãos, diferentemente dos materialistas e dos existencialistas ateus, sabem que têm uma bendita esperança (I Ts. 4.13-17). Jesus trouxe à luz a imortalidade através do Seu evangelho (II Tm. 1.10). Por isso, quando esse tabernáculo humano se desfizer, receberemos, do Senhor, um corpo incorruptível, não mais sujeito às fragilidades temporais (II Co. 5.1). A meditação nessas verdades reveladas nos traz de volta a confiança, e repentinamente, o medo da morte se esvai, e sobrenaturalmente, podemos vê-la a partir do prisma do Senhor (Sl. 116.15; Ap. 21.4). Percebemos, então, que nada nos separará do amor de Cristo, nem mesmo a morte (Fp. 1.20; Rm. 8.38), e que, ao final, essa será definitivamente tragada pela vitória (I Co. 15.54). O poeta inglês John Donne, após vários anos de meditação sobre a morte, chegou a uma confortadora conclusão. Em versos diz: “Não te orgulhes, ó Morte, embora te hão chamado, poderosa e terrível, porque tal não és, já que quantos tu julgas ter pisado aos pés, não morrem, nem de ti eu posso ser tocado”. Com Donne, concordamos que a morte não pode tocar aquele cuja esperança repousa no Senhor da Vida. Ao ser vencida por Cristo, no ato da ressurreição, a morte perdeu o seu poder. Resta-nos, a partir de então, a agradável surpresa e a convicção de que “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (II Co. 2.9).

3. FÉ, A VITÓRIA QUE VENCE O MEDO
Após refletir sobre o grande amor de Deus, o salmista afirmou com veemência: “o Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?” (Sl. 27.1), e, mais adiante, “O Senhor está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem” (Sl. 118.6). O principal problema do medo é que ele nos fecha diante dos outros. Ele destrói a razão para a qual fomos criados, para ter relacionamentos, tanto com Deus quanto com o próximo. Quando nos entregamos ao medo, somos impulsionados a fugir de Deus e das pessoas. Tornamos-nos construtores de muros ao invés de edificadores de pontes. Venceremos o medo quando formos capazes de vencer a nós mesmos. A principal ameaça para nós é o nosso próprio egoísmo. Na passagem bíblica de I Jo. 4.18, o apóstolo Amado, aquele que esteve por longo tempo preso na ilha de Patmos, nos mostra a saída para o medo, diz ele: “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor”. Em relação a Deus, é necessário, primeiramente, ter a convicção do seu imenso amor em Cristo, o qual morreu e ressuscitou para que tivéssemos vida e não mais temêssemos. O ser humano não precisa mais se esconder nas “folhas de figueira” dos paliativos humanos, em Cristo, o temor foi substituído pelo amor.

CONCLUSÃO
Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Em relação aos outros, devemos tomar a decisão de pôr o amor acima de qualquer pavor. Esse é o caminho para nos abrirmos aos relacionamentos. Se tivermos que ter medo de alguma coisa, deve ser o medo de não amar, pois se não amarmos, verdadeiramente, não conseguiremos viver, já que não há vida sem amor. Jamais devemos esquecer de que Deus é amor (I Jo. 4.8), e, nEle e com Ele, não temos o que temer, pois, definitivamente, nada nos separará do amor de Deus em Cristo Jesus (Rm. 8.35-39). Não esqueçamos que o Senhor é o nosso Pastor, portanto, ainda que passemos pelo vale da sombra da morte, não temeremos (Sl. 23.4).
BIBLIOGRAFIA
COLSON, C. E agora como viveremos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002
SILVA, S. P. da. Entrando no campo da fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

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By: Edcleyton da Silva


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